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Quais são as diferenças entre H1N1, Covid-19 e Dengue? Conheça os sintomas e veja como lidar com essas doenças

Especialista explica as diferenças entre H1N1, Covid-19 e Dengue, além do tratamento para cada uma das doenças

Sintomas parecidos aumentam dúvida entre os pacientes. - Polina Tankilevitch/Pexels
Sintomas parecidos aumentam dúvida entre os pacientes. - Polina Tankilevitch/Pexels

O Brasil voltou a enfrentar três doenças já conhecidas por aqui: o H1N1, Covid-19 e Dengue. A recente explosão de casos desta última reacendeu o debate sobre conscientização e prevenção. Além disso, há dúvidas sobre como diferenciá-las.

Isso ocorre principalmente na fase inicial das enfermidades, que possuem alguns sintomas em comum: febre, dores de cabeça e no corpo, cansaço e mal-estar, por exemplo.

AnaMaria conversou com a enfermeira Kátia Oliveira, especialista em vacinação da Clínica Vacinne, para entender alguns dos questionamentos: “Todas essas doenças são causadas por um vírus. No entanto, eles são distintos”, destaca.

Olha só:

  • Covid-19 é provocada pelo vírus Sars-CoV-2, da família do coronavírus;
  • H1N1 é causada pelo vírus da família Influenza;
  • Dengue é causada pelo Flavivírus.

CONTAMINAÇÃO

O método de contágio é outro ponto que difere H1N1, Covid-19 e Dengue. Enquanto as duas primeiras são contagiosas e transmitidas por meio de tosse, espirros e gotículas contaminadas, a última não passa de uma pessoa para outra por contato próximo.

A dengue é transmitida com a picada do mosquito da espécie Aedes aegypti, que é um vetor que leva o vírus da dengue de uma pessoa contaminada para outra. Dados do Ministério da Saúde apontam que a doença já atingiu mais de 500 mil pessoas em 2024.

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“Identificar a forma de contágio é fundamental para o combate das doenças, que são sazonais, porém podem acometer as pessoas em qualquer época do ano. O Covid-19 e a H1N1, por serem transmitidas da mesma forma, podem contar com medidas protetivas iguais, como uso de máscara, higiene das mãos e evitar aglomerações. Já a Dengue exige cuidados específicos no combate ao mosquito”, explica a especialista.

dengue mosquito aedes aege aegypti
Aedes Aegypt transmite dengue para humanos. Foto: Pixabay

SINTOMAS

  • Além dos já citados, a dengue é conhecida por: 
  • Dor atrás dos olhos;
  • Dores musculares e articulares intensas;
  • Fadiga, náuseas e vômitos
  • Erupção cutânea;
  • Em alguns casos, sangramento de gengivas ou nariz e dor abdominal intensa. 

Sintomas respiratórios como coriza e tosse, que são comuns na Covid-19 e H1N1, são raros na dengue”, conta a especialista.

MAS COMO DIFERENCIÁ-LAS?

Kátia explica que identificar as diferenças de sintomas da Covid e da H1N1 pode ser algo mais desafiador. Entenda:

Covid-19:                                                              

  • Febre alta;
  • Tosse seca
  • Dificuldade respiratória
  • Fadiga; 
  • Dores musculares;
  • Perda de olfato e paladar;
  • Dor de garganta;
  • Diarréia. 

H1N1:

  • Febre alta;
  • Tosse;
  • Dor de garganta;
  • Dores musculares;
  • Dor de cabeça;
  • Fadiga;
  • Calafrios;
  • Congestão nasal;
  • Vômitos e diarreia;

AUTOATENDIMENTO? NÃO!

Os sintomas podem dar pistas sobre cada uma das enfermidades, porém apenas um exame de sangue pode confirmar o diagnóstico. Por isso, é fundamental ser atendido por um profissional, que irá receitar o tratamento correto.

“Como os sintomas são parecidos nas três doenças, é preciso realizar a testagem para afirmar qual a doença específica: os laboratórios de análises clínicas contam com a testagem rápida para H1N1, Covid-19 e Dengue, com resultados em até 48h”. 

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VACINAÇÃO

Apesar das similaridades, H1N1, Covid-19 e Dengue são doenças distintas. Por isso, são tratadas - e prevenidas - de diferentes maneiras. Nos três casos, a vacinação é indicada, mas entender as diferenças entre as vacinas também é importante. 

Por isso, Kátia explica abaixo os detalhes e características de cada uma das vacinas:

Vacina contra a Dengue:
O imunológico fabricado pela Takeda está disponível na rede privada. A Qdenga conta com tecnologia inovadora que estimula a resposta imunológica contra os quatro sorotipos do vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Para pessoas de 4 a 60 anos, independente se já tiveram ou não contato com a doença.

“A vacina contra a dengue está disponível em alguns países endêmicos e é recomendada para pessoas que vivem ou viajam para áreas onde a dengue é prevalente”.

Contraindicações:

  • Pessoas com imunossupressão;
  • Grávidas;
  • Pacientes com HIV;
  • Histórico de alergia aos componentes da vacina.

Vacina contra o H1N1:
A vacina contra a gripe, incluindo o vírus H1N1, é desenvolvida anualmente para combater a gripe sazonal, sendo composta por cepas do vírus da gripe previstas para circular na temporada em questão. 

É recomendada anualmente para grupos de risco, como idosos, crianças, gestantes e pessoas com condições médicas crônicas. A vacina ofertada na rede privada é a tetravalente, que protege contra quatro cepas da doença. A

Já a rede pública oferece a vacina trivalente, que protege contra duas cepas da Influenza A e Influenza B, e a Efluelda: “Potencializa ainda mais a proteção, pois conta com uma alta concentração de antígenos, sendo fundamental para a população de risco, com mais de 60 anos”.

Vacina contra a Covid-19:
Os imunológicos foram desenvolvidos rapidamente por conta da pandemia causada pelo coronavírus. Unidades de vacinas foram fabricadas por diferentes laboratórios, que usaram tecnologias distintas, como mRNA, vetor viral e proteína viral. 

“Essas vacinas foram submetidas a testes clínicos rigorosos para garantir a sua segurança e eficácia antes de serem autorizadas para uso emergencial ou aprovação regulatória. Hoje elas são as principais formas de controle contra a disseminação do vírus, atuando na prevenção de casos graves e na proteção da saúde pública”, explica a especialista.

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