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Em exclusiva, Thais Fersoza abre o jogo sobre educação dos filhos

Thais Fersoza conta sobre como sua criação refletiu na educação dos seus filhos

Karla Precioso

por Karla Precioso

kprecioso@editoracaras.com.br

Publicado em 04/02/2023, às 08h00

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Thais Fersoza é mãe de Melinda e Theodoro, filhos de Michel Teló - Instagram / @tatafersoza
Thais Fersoza é mãe de Melinda e Theodoro, filhos de Michel Teló - Instagram / @tatafersoza

Casada com o cantor Michel Teló, Thais Fersoza é mãe de uma dupla campeã no quesito fofura nas redes sociais. Melinda e Teodoro ganharam o coração do público antes mesmo de chegarem ao mundo. Foi graças às experiências com os dois que a atriz criou no YouTube o canal Tatá Fersoza. Nos vídeos, ela conversa sobre assuntos relacionados ao universo feminino – entre eles, a maternidade. E foi com a intenção de tratar de forma realista o tema que decidiu embarcar também na publicação do livro Nasce uma Mãe. 

Aliás, tudo o que remete à família, aos ensinamentos que recebeu de seus pais e que, hoje, replica com os filhos, tem seu olhar atento: “Minha educação sempre foi cem por cento focada no respeito, humildade, bondade e generosidade. Ensino aos meus filhos o que aprendi com os meus pais. Eu e Michel temos colhido os bons resultados disso”. Aos 38 anos, Thais está realizada e tem mesmo ótimos motivos para isso. 

Com um casamento regado a amor e cumplicidade, realizou o sonho de ser mãe, tornando-se, inclusive, referência para milhares de pessoas, ainda que não goste de ditar regras e acredite que o bom para ela e os seus pode não ser para o outro. “Só tenho a agradecer a Deus pela família que Ele escolheu para mim: a que eu nasci e a que eu formei. Família é presente de Deus, é o amor d’Ele concretizado, uma grande bênção!”

Confira a entrevista completa:

Quando se trata de maternidade, cada um tem uma opinião. Como encara isso?

Na verdade, a maternidade tem uma questão que é: todo mundo se acha no direito de opinar, dar pitaco em tudo. Penso que, para quem sempre tem a receita de tudo, precisa discernimento e bom senso para saber a hora de manifestar sua opinião, de avaliar se a pessoa do outro lado quer a sua dica. E, para quem vai ouvir, também é preciso discernimento para entender que também pode ser bom escutar o que o outro tem a dizer, sem deixar de seguir seu feeling, entende? Cada um sabe bem de si e sobre sua maneira de agir.

Quais as delícias e os desafios de ser mãe de Melinda e Teodoro?

São tantas coisas... Eles são os amores da minha vida, meu sonho realizado. Tenho muito orgulho e admiração pelas crianças educadas, generosas, parceiras, sensíveis e amorosas que são. Os dois sabem a hora de parar, jogar junto, ajudar. Tenho orgulho de ver os seres humanos que estão se tornando. E isso é uma das delícias de ser mãe deles: perceber que estão absorvendo o que a gente passa. Quanto aos desafios, educar, por si só, já é um desafio.

Criar pessoas boas para o mundo não é lá uma tarefa fácil, né?

Fui criada com ótimos valores. Aliás, minha educação sempre foi cem por cento focada no respeito, humildade, bondade e generosidade. Trouxe para meus filhos o que aprendi com meus pais. Penso que é isso que faz a coisa dar certo. Eu e Michel temos colhido os bons resultados.

Você é firme com relação à educação. Isso tem a ver com rigidez no trato com as crianças?

Eu não sou rígida, sou atenta. Tenho um olhar atencioso para que meus filhos sejam educados e generosos. Aliás, meus pais me ensinaram que educação e generosidade são princípios básicos. E, hoje, repasso a lição para os meus filhos. Tudo o que faço e ensino em nada tem a ver com rigidez. Eu me empenho para que as crianças cresçam com base em valores importantes. Trato-as de igual para igual. Claro que existe a questão de o adulto ser o adulto na relação, mas, na fala, nunca tive essa coisa de dizer: ‘ah, você é a criança, então vou falar alto, gritar’. Não! Para falar com a Melinda e o Teodoro, abaixo na altura deles e converso olhando nos olhos. Prezo pela educação baseada no respeito, no trato atencioso.

Qual a maior lição de educação que aprendeu com a sua mãe?

A maior lição foi primar pelo respeito. É fundamental ter um olhar atento para o que está à nossa volta: se dar o respeito e respeitar o próximo também. Outra lição foi sobre o trato de igual para igual, como venho replicando com meus filhos.

Melinda e Teodoro também já devem ter ensinado a você boas lições, afinal, as crianças são sábias. Qual a maior delas?

Ah, as crianças são demais! Eles são muito queridos, amáveis, respeitadores e bondosos. O pedido de aniversário do Teodoro foi para Deus proteger os amigos e a sua família. A Melinda também pediu proteção para todos. Eles realmente são muito generosos, sabe? E amorosos também. Eu e Michel percebemos que muitas de suas atitudes e gestos são reflexo de tudo aquilo que passamos para os dois. Eles nos devolvem tudo de melhor que passamos para eles. Tem outro episódio que gosto de contar. Um dia, fui pegar um brinquedo da Melinda e não vi que tinha outro logo embaixo. O brinquedo caiu e quebrou. Na hora, falei: ‘filha, perdoa a mamãe. Não tinha visto’. E ela respondeu: ‘Não tem problema, você não fez por querer. Era só um brinquedo, está tudo bem’. Que orgulho! É muito bonito ver essa construção, sabe?

No livro Nasce uma Mãe, você publicou suas experiências, porém não ditando nenhum tipo de regra. Aprende-se a ser mãe sendo?

A ideia do livro era justamente essa: compartilhar minhas experiências, sem ditar regras ou taxar o que é certo ou errado. Ninguém melhor do que você mesma para saber como lidar com seu filho. Sei que as pessoas têm a curiosidade de saber como tudo acontece em casa, então, esse foi o meio de contar a elas, porém nada de ditar regras! O que deu certo com a minha família pode não funcionar para a sua. Quis fazer uma troca com outras mães, como se estivéssemos numa grande roda de amigas.

Ao lado de Teló, você construiu uma família que é referência para muita gente. Tem um segredo para tornar o casamento uma relação inspiradora?

Preciso dizer que é um baita orgulho ler e ouvir que somos uma família referência, que nosso casamento inspira outras relações. Eu e o Michel temos muita cumplicidade, a gente torce demais um pelo outro, quer muito fazer dar certo. A gente quer que a coisa aconteça bem, seja leve, que a gente se ampare e um fortaleça o outro. E tudo isso só acontece porque o relacionamento foi construído (e mantido) à base de muita conversa e dedicação. Para o casamento dar certo, o casal precisa querer muito. E a gente quer! Em nossa relação, também conta a questão do olhar atento. Para a vida em família funcionar é fundamental esse olhar atento... olhar de você saber o momento que o outro precisa de você, o momento que precisa de um tempo para pensar, refletir, trabalhar, ficar só... Nossa cumplicidade é forte.

Há quem diga que a família é uma instituição falida. Concorda? 

Não acredito que a família é uma instituição falida. Acredito muito na família de onde vim, na família que também faço parte, que é a do Michel, e a família que nós dois formamos. Família sempre foi a nossa base, a nossa estrutura, o nosso porto seguro, a nossa referência.

Estar junto aos filhos é importante, mas tem um momento só do casal no dia a dia?

Com certeza! Eu, Michel, Melinda e Teodoro estamos sempre próximos, mas não abro mão dos momentos só do casal. Com as crianças na escola, ficou mais fácil agora ter nossos momentinhos [risos]. Isso é fundamental.

E quando o assunto é vaidade, qual sua relação com o espelho?

Sou mais cuidadosa do que vaidosa. Aprendi a lidar bem com o espelho. Tive duas gestações muito próximas e precisei passar por um período de me reconectar comigo, de olhar no espelho e me reencontrar depois de tanto tempo com barrigão e gestando. Durante as gestações, pensei: ‘esse corpo está sendo morada de bebê, a realização de um sonho. Essa é a função desse corpo agora’. Depois do nascimento das crianças, veio o questionamento: ‘o que vou fazer pelo meu corpo agora, como vou cuidar de mim novamente?’. Foi aí o período de reencontro comigo mesma, de voltar a fazer atividade física, usar certos produtos de novo... Aos poucos, fui me redescobrindo na frente do espelho. E lido muito bem com isso agora.

Falando sobre a carreira artística, como foi a experiência de coapresentar o The Voice +?

Sensacional! Aliás, estou dedicada a buscar esse espaço de apresentadora. Venho de uma carreira de atriz bem realizada, mas estou buscando sentir de novo aquele frio na barriga, sabe? Quero novos desafios. Tem meu canal no YouTube, que já faz parte dessa busca por novos desafios. Adoro me comunicar, entrevistar, olhar para a câmera. E o retorno é muito positivo. Vi que as pessoas não gostam só de minhas personagens, mas de mim mesma. E o canal foi crescendo até receber o convite para o The Voice +. É extremamente gratificante voltar à Globo, que me acolheu como atriz há 25 anos. E vem mais novidade por aí.