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"Falar somente o que constrói", diz Padre Marcelo Rossi sobre contato com Deus

Padre Marcelo Rossi deu mais detalhes sobre sua coletânea de livros

Karla Precioso Publicado em 07/05/2022, às 08h00

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Padre Marcelo Rossi deu mais detalhes sobre sua coletânea de livros - Instagram/@padremarcelorossi
Padre Marcelo Rossi deu mais detalhes sobre sua coletânea de livros - Instagram/@padremarcelorossi

Uma coletânea de pensamentos de sabedoria de vida compõe Menos É Mais, o mais recente livro do padre Marcelo Rossi pela Editora Planeta, representando as principais verdades cristãs. Mais do que o principal evangelizador do país, reconhecido inclusive pelo santo papa Bento 16 como Evangelizador do Novo Milênio, o pároco traduz a Palavra do Senhor por meio de suas experiências.

São nada menos do que 27 anos de sacerdócio, totalizando quase 10 mil dias realizando em cada um deles missas, sermões, homilias e programas de rádio e televisão. Logo, sua mensagem está gravada no tempo com a sabedoria e reafirmação de suas atitudes praticadas nas missões que o sacerdócio lhe
confia.

A obra é sequência natural de Batismo de Fogo, da mesma editora, lançado em 2020, e é igualmente pessoal nos aforismos extraídos de suas missas, quando ele se encontra na pessoa de Cristo e traduz o próprio conhecimento para que a voz do Senhor alcance os fiéis. “Temos que voltar ao essencial, à intimidade com Deus, falar somente o que constrói. E, então, entenderemos que o silêncio é uma oração”: eis a sua premissa. Às leitoras de AnaMaria, ele divide os ensinamentos que o tornaram quem ele é hoje e ainda compartilha trechos de reflexão de sua nova obra.

Como é o processo de traduzir a Palavra do Senhor por meio de suas experiências pessoais?
Semanas atrás, o nosso amado papa Francisco disse: “A Palavra de Deus age, está sempre em movimento, é viva e eficaz. Assim, cada um de nós pode se tornar uma ‘tradução’ viva, diferente e
original da única palavra de amor que Deus nos doa. Vemos isso na vida dos santos, por exemplo. Nenhum é igual ao outro, são todos diferentes, mas todos com a mesma Palavra de Deus”.

Continuando a respeito da frase do papa, todos nós temos que viver o que os santos viveram em vida, colocar em prática a Palavra de Deus em cada ato que fazemos e em tudo que somos. Mas, para isso, precisamos da força do alto, do poder do Espírito Santo em nós. Só assim a Palavra de Deus vem habitar em nós e as nossas realidades poderão ser fecundas, geradas por esta Palavra que liberta e impacta. Se eu permitir que a Palavra viva e atue em mim, eu serei diferente para fazer a diferença neste mundo.


Qual a principal mensagem de seu novo livro Menos É Mais?

Num mundo de polarização, de excessos, quando Deus nos toca, entendemos que viver o essencial é o que importa. Falar menos é sinal de sabedoria- isso nos mostrou os Sábios do Deserto, os monges. Temos que voltar ao essencial, à intimidade com Deus, falar somente o que constrói. E, então, entenderemos que o silêncio é uma oração.

Podemos dizer que este livro é uma sequência natural de Batismo de Fogo? De que maneira as obras se assemelham?
Em Batismo de Fogo, a ideia foi compartilhar sobre a minha vida, sobre como Deus extraiu um bem
daquele empurrão que poderia ter me custado a vida [em 2019, uma mulher o empurrou do altar durante uma missa no interior de São Paulo]. E, depois de tudo isso, percebi que, quando recebemos o ‘batismo de fogo’, este poder que vem do alto, não precisamos de muitas palavras, pois o silêncio começa a fazer parte de nós. É isso: devemos optar sempre pelo silêncio quando as nossas palavras não serão para edificar.

É preciso falar apenas aquilo que constrói, repito. O silêncio é um instrumento poderoso de paz, é a linguagem do íntimo de Deus. Eis a semelhança entre as duas obras.

E por que a escolha deste título, Menos É Mais?
É uma filosofia de vida dos padres da Igreja, que eu poderia traduzir por ‘sabedoria do silêncio’. Faz parte da minha vida desde o seminário. Conforme a Carta de São Tiago, capítulo 1, versículo 26: “Alguém está pensando que é religioso? Se não souber controlar a língua, a sua religião não vale nada, e ele está enganando a si mesmo”. Portanto, menos é mais.

Portanto,menos é mais. O senhor se considera um instrumento da voz divina com suas obras?
Sou uma pequena formiguinha de Jesus, eu sei exatamente o meu lugar, mas agradeço a Deus por
me usar e fazer com que eu toque as pessoas por meio de meus livros. É Deus quem faz a diferença.

O senhor afirma “Deus habita a simplicidade”. Discorra sobre isso.
Deus escolheu vir ao mundo numa família pobre, em lugar simples, porque é na simplicidade que Ele tem o poder de habitar. Quando temos muitas coisas e somos apegados a elas, não damos espaço para Deus agir, fazer morada em nós e não aprendemos a ser dependentes de Deus. A simplicidade é desapego para ser totalmente dependente de Deus.

Sobre o pároco
Filho de seu Antônio e dona Vilma, padre Marcelo Rossi nasceu na cidade de São Paulo, em 1967. Formou-se em Educação Física, mas, um ano depois, seguiu a vocação que tinha desde criança: ser padre. Ingressou no Seminário da Diocese de Santo Amaro, em São Paulo, onde foi ordenado sacerdote em 1994.

Desde então, se dedica fervorosamente ao trabalhode evangelização em todo o país, o que fez com
que viesse a receber do papa Bento XVI o título de Evangelizador do Novo Milênio. Atualmente, possui
um programa diário de rádio na Rede Capital da Fé, intitulado No Colo de Jesus e de Maria. Apresenta
ainda na Globo a Santa Missa e, na Rede Vida, os programas Batismo de Fogo, Missa do Santuário da
Mãe de Deus, O Terço Bizantino e Quem Ama Canta.