Silvero Pereira foi ao festival ‘Garota Vip’ e recebeu carinho do público
Da Redação Publicado em 21/08/2022, às 18h18
Silvero Pereira, o Zaquieu na novela ‘Pantanal’, causou um alvoroço no evento de música ‘Garota Vip’, no Rio de Janeiro, na madrugada deste domingo (21).
O ator comentou sobre o acontecimento no seu Instagram e agradeceu o público pelo carinho que recebeu no festival, que contou com apresentações de Anitta, Pedro Sampaio, Zé Felipe e Belo.
"Foi um surto. Só tem coisas que eu sei porque eu fotografei e salvei no meu celular. Só sei disso, meu Deus", disse.
Silvero Pereira disse que não voltaria a interpretar seu papel na novela ‘A Força do Querer’, de 2017, que marcou sua estreia na televisão.
O ator deu vida ao motorista Nonato que, à noite, se transformava na travesti Elis Miranda, e sonhava em viver da música.
Segundo o ator, os personagens que se identificam desta forma deveriam ser interpretados por pessoas travestis, para que elas também possam ocupar estes espaços na televisão.
"O problema é o mercado de trabalho. Hoje eu não faria a Elis Miranda, muito provavelmente. Porque eu também me reeduquei sobre essa história, e a gente precisa estar de acordo com as lutas e as causas”, disse em entrevista ao ‘Papo de Novela’, do Gshow.
“Depois de 'A Força do Querer', eu não aceitei mais nenhum personagem trans/travesti, e inclusive deixei de fazer meus espetáculos por causa disso", revelou.
Silvero já apoiava a causa antes da novela e, inclusive, tinha um projeto para artistas trans e travestis no teatro, chamado ‘Coletivo Artístico As Travestidas’, que buscava abrir portas a transformistas nos palcos.
No entanto, a novela de Gloria Perez o ajudou a reforçar seu posicionamento e entender que havia outras maneiras de contribuir ainda mais para a luta.
"Eu fui entendendo, sendo informado e compreendendo essa questão dentro do mercado. Se a gente aceita, a gente está impedindo o mercado de ir em busca dessas pessoas”, começou.
“Hoje, nós não vivemos num mercado em que exista proporcionalidade. Se nós existíssemos dentro de um mercado de proporcionalidade onde as pessoas têm acesso ao estudo e à formação, aí, sim, a gente estaria em uma outra discussão", explicou o ator.
