De origem asiática, atriz Yohama Eshima luta por mais representatividade amarela em produções brasileiras
A atriz Yohama Eshima tem se destacado na novela 'Travessia' ao interpretar a policial Yone, braço direito da delegada Helô, interpretada por Givoanna Antonelli. A artista, que tem origem asiática, faz parte das personalidades que lutam por mais representatividade amarela em produções audiovisuais no Brasil.
Mesmo com fortes traços asiáticos, Yohama é a típica brasileira, fruto da miscigenação de vários povos. Além da ascendência japonesa por parte de pai, ela também tem raízes indígena e europeia por parte de mãe. E ela faz questão de reforçar: "sou brasileira".
Em entrevista recente concedida para a revista GQ Brasil, Yohama abriu o coração e falou sobre a falta de representatividade de pessoas asiáticas em novelas, filmes e séries, no Brasil. "Acontece que as pessoas olham para a gente como se nós não fossemos brasileiros, e eu sou brasileira. Tenho samba no pé, toquei em banda de forró, toco triângulo", declarou.
"Respeito as minhas origens, mas eu sou brasileira. Tudo que eu mais desejo é que as pessoas compreendam essa brasilidade que a gente tem e não nos julguem apenas por causa dos nossos olhos puxados. Eu não sou a japinha da novela, eu sou a Yohama", afirmou.
No ano passado, a artista falou sobre o mesmo assunto em entrevista para o site Universa. Ela disse que no início da carreira sofreu brastante por sempre ser escalada para papéis estereotipados, onde ela muitas vezes precisava ser submissa, subserviente e fetichizada, tal qual uma gueixa.
"O que significa quando alguém diz que tenho uma beleza exótica? Devo me sentir bem ou mal? Sou bonita e ponto. Não sou bonita exótica", disse a atriz, que ainda afirmou que jamais aceitaria algo do tipo atualmente: "Hoje não aceitaria mais. Até mesmo porque sou brasileira também".
Yohama também celebrou o fato de outras atrizes amarelas estarem conquistando espaços dentro do mercado, como Ana Hikari, que em 2017 protagonizou uma temporada de 'Malhação'. "Fico feliz que os personagens estereotipados estejam perdendo espaço. Não sou a vendedora de pastel ou a vendedora de "chingling". Me sinto vitoriosa", disse.
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