Smartphone tinha segurança reforçada pelo MI6, serviço de inteligência do Reino Unido
Da Redação Publicado em 09/09/2022, às 07h35
Uma das principais curiosidades da rainha Elizabeth 2ª, cuja morte foi anunciada na última quinta-feira (8), era a de que utilizava um celular especial com apenas dois contatos salvos: a princesa Anne, sua filha, e de John Warren, que é o gerente de cavalos de corrida da família real.
Ao jornal britânico Daily Mirror, Jonathan Sacerdoti, que é especialista em assuntos relacionados à família real, afirmou que a rainha tinha contatos frequentes com Warren, que é genro do falecido conde de Carnarvon. E, como ela costumava apreciar as corridas de cavalos — modalidade em que investiu por mais de 70 anos —, eles acabaram se aproximando ainda mais ao longo dos anos.
Seu prestígio com a rainha era tamanho que ele conseguia falar com Elizabeth 2ª de qualquer lugar do planeta, em qualquer momento. "Se Warren ligasse, ela atendia", afirmou Sacerdoti na entrevista.
Outros membros da realeza, ou até mesmo a nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, precisavam dar outro jeito de falar com a rainha. O celular que ela utilizava, da marca Samsung, era bastante protegido contra o acesso de pessoas mal-intencionadas, trazendo criptografia com segurança garantida pelo MI6, o serviço de inteligência do Reino Unido. Veja outras curiosidades:
A rainha usava o mesmo tom de esmalte desde 1989. O produto é da marca Essie e é intitulado de Ballet. Seu preço está na faixa dos US$ 7, o que no Brasil seria em torno de R$ 36 a R$ 38.
Dentre os benefícios de ser rainha, estava a nomeação de um poeta laureado do Reino Unido. Além dele receber um salário anual de 5.750 libras, o que convertido em real seria R$ 35,3 mil, ele também ganha um barril de xerez, vinho fabricado na Espanha. O cargo é ocupado por Simon Armitage desde 2019 e ele pode ficar até 10 anos no trabalho.
A imitação era um dos talentos da monarca, um dos seus pontos fortes era sabe reproduzir o som do desembarque de um Concorde, avião supersônico. “É uma das cenas mais engraçadas que você poderia ver”, disse o bispo Michael Mann em uma entrevista com o Associated Press.
Como rainha do Reino Unido, ela recebeu certos privilégios e cotas, entre eles, estava o poder de não ser processada ou obrigada a prestar depoimento em um tribunal. Porém, sua imagem segue atrelada a um exemplo de reputação.
“Embora processos civis e criminais não possam ser contra o soberano, a rainha tem o cuidado de garantir que todas as suas atividades em sua capacidade pessoal sejam realizadas em estrita conformidade com a lei”, diz uma declaração no site oficial do Palácio de Buckingham.
