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Bebês / Maternidade

Aos 53 anos, Claudia Raia revela desejo de engravidar; entenda como isso é possível

Congelamento de óvulos é uma porta aberta para a maternidade tardia

Beatriz Cresciulo, com supervisão de Vivian Ortiz Publicado em 26/11/2020, às 08h20 - Atualizado em 09/12/2020, às 10h10

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Aos 53 anos, Claudia Raia revela desejo de engravidar; entenda como isso é possível - Ale de Souza
Aos 53 anos, Claudia Raia revela desejo de engravidar; entenda como isso é possível - Ale de Souza

Claudia Raia mostrou que idade não é um empecilho para o amor de mãe! Acontece que a atriz falou abertamente sobre o desejo de se tornar mãe pela terceira vez. Atualmente, ela está com 53 anos. 

Casada com Jarbas Homem de Mello, a veterana da televisão brasileira, que já é mãe de Enzo Celulari, de 23 anos, e Sophia Raia, de 17, ambos fruto do seu antigo casamento com o ator Edson Celulari, revelou que tem óvulos congelados e pretende tentar uma nova gestação. 

“Por que uma pessoa de 50 e poucos anos tem que ser só avó se ela quer ser mãe, se ela tem um novo casamento? Pode tudo o que você quiser”, afirmou durante uma entrevista concedida à apresentadora Sabrina Sato em agosto deste ano.

GRAVIDEZ TARDIA É MAIS DO QUE POSSÍVEL 
De acordo com o ginecologista e obstetra Geraldo Caldeira, o processo de congelamento dos óvulos é indicado para casos como o de Raia, quando a mulher pretende protelar a maternidade por motivos pessoais ou profissionais. 

“Não existe uma idade limite para uma gravidez com os óvulos congelados, apesar de o mais recomendado ser ela tentar o quanto antes. Após os 50 anos, aumenta o risco de pressão alta e parto prematuro. Assim, a recomendação é que seja próximo dos 45 anos, mas não há limite”, explica em entrevista à AnaMaria Digital

O especialista conta ainda que o procedimento, livre de contraindicações, também é uma saída para mulheres que foram diagnosticadas com quadros de câncer e terão que se submeter à tratamentos de radioquimioterapia ou quimioterapia, além daquelas que já se encontram na menopausa. 

“Se a paciente tem óvulos congelados, a gente descongela, pega o sêmen do parceiro, fertiliza e forma o embrião. Nós conseguimos preparar o útero com medicação e hormônios para que ela consiga receber esses embriões e gestar”, afirma.  

Em casos assim, o útero da mulher recebe uma preparação artificial para suportar a gravidez até o terceiro mês da gestação. “A futura mamãe deverá tomar hormônios, como estrógeno e progesterona, até as doze semanas de gestação. Após esse período, a placenta se torna autosuficiente para produzir tudo o necessário, tanto para ela quanto para o bebê”, ressalta o médico. 

QUANDO A IDADE PODE SER UM PROBLEMA 
Apesar de não existir um limite de idade para a mulher utilizar os óvulos congelados, é importante lembrar que toda gravidez que acontece depois dos 40 anos é considerada uma gestação de risco. Isso não significa que problemas irão acontecer deliberadamente, mas sim que a mulher apresenta maior propensão a desenvolver diabetes gestacional, entre outras questões, por exemplo. 

Além disso, o obstetra explica que, por conta do fator de risco da gestação, as mulheres mais velhas apresentam menor chance de realizar um parto normal, sendo mais recomendado um parto cesárea. 

Mas não é somente aí que a idade da mulher pode ser um dificultador. O membro do Serviço de Reprodução Humana do Hospital Santa Joana, de São Paulo (SP), destaca que quanto mais cedo é realizado o processo de congelamento de óvulos, maiores as chances do procedimento ter um resultado positivo no futuro. O motivo disso é que as mulheres até os 35 anos produzem óvulos que podem ser fertilizados com maior sucesso. 

“A partir dessa idade, começa a perder qualidade e quantidade, pois a mulher nasce com um número limitado de óvulos. Eles vão envelhecendo com ela todos os anos e, conforme tem a ovulação, vai diminuindo a quantidade que ainda resta”, revela. 

COMO FUNCIONA O PROCEDIMENTO 
O ginecologista relata que a etapa inicial se dá quando a paciente começa a menstruar, no 1º dia do período. Na sequência, ela recebe uma série de injeções subcutâneas de gonadotrofina, hormônio que irá estimular a ovulação. 

A intenção é que, em vez de liberar apenas um óvulo, a mulher produza cerca de cinco ou seis em cada ovário, totalizando algo em torno de 10 a 12 óvulos -que serão coletados futuramente. 

Depois desse processo, a paciente realizará acompanhamento por meio de ultrassonografias a cada três dias, até o momento de realizar a coleta, que é feita via transvaginal. 

“Neste dia, a mulher toma uma sedação, como se fosse uma endoscopia. A coleta não leva ponto ou corte e dura em média meia hora, no máximo. A bióloga analisa os óvulos e os maduros são congelados por tempo indeterminado, podendo permanecer congelados por muitos anos até que a paciente resolva usá-los”, enfatiza.