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Família/Filhos / Ensinamentos

Saiba como envolver as crianças em atividades que podem ensinar amor e respeito

Além de estreitar os laços familiares, é um bom momento de ensinamento

Raquel Borges Publicado em 03/01/2021, às 14h30

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É importante ter algo para a criança fazer que exercite sua responsabilidade - Banco de Imagem/Pixabay
É importante ter algo para a criança fazer que exercite sua responsabilidade - Banco de Imagem/Pixabay

Por causa da pandemia do novo coronavírus, a maioria das escolas do País continuam com aulas on-line. Com isso, uma pergunta tem invadido a cabeça da maioria dos pais: o que fazer com as crianças dentro de casa durante a quarentena para desenvolver a criatividade delas, sem precisar recorrer aos eletrônicos, e, de quebra, estreitar os laços familiares? 

De acordo com a psicóloga Katree Zuanazzi, do Instituto Brilhar Saúde Mental de Curitiba (PR), vivemos um momento difícil e estressante para todos: “O excesso de convivência gera desgaste e dificuldades. Existe ainda a mudança de rotina das famílias... Mas essa é uma ótima oportunidade para aproveitar a fase do desenvolvimento do filho com mais intensidade e ainda conseguir ver de perto como cada um está se transformando”. 

A especialista ainda explica que é na infância que a personalidade de cada indivíduo é construída, por isso a atenção aos filhos é de vital importância para o desenvolvimento deles, influenciando fortemente como agirão na fase adulta também, quando terão que conviver em sociedade de maneira harmoniosa. 

A seguir, ela lista dez razões para envolver os pequenos em atividades divertidas e, assim, ensinar amor e respeito. E, consequentemente, aumentar a cumplicidade entre pais e filhos.

ESTREITANDO VÍNCULOS 
Há duas coisas fundamentais para o estreitamento de laços: amor e autoridade (pai ou mãe). Isso mesmo: amor e educação são essencialmente importantes na personalidade de uma pessoa. Quem não teve carinho e atenção terá problemas na vida adulta, e quem não teve educação também. Essa é a oportunidade de os pais agirem de maneira bem direta sobre a atuação dos filhos.

AMOROSIDADE 
Para desenvolver um relacionamento de amorosidade é preciso se divertir junto. Até mesmo solucionar problemas, por isso indicam-se jogos que estimulem a criança a trabalhar em equipe, participar de um projeto em família, cooperar. Ela se sente amada, recebe afeto, contato físico e atenção. Tudo isso vai desenvolver o quesito amor e fará com que ela se sinta especial.

NÃO ESQUECER OS LIMITES 
Fazer a criança se sentir amada não significa dizer ‘sim’ para tudo o que ela quer. Dar amor é importante, porém educar e dar limites é fundamental. Os pais são a autoridade e os filhos precisam aprender a lidar com isso. Organize uma agenda que intercale períodos de obrigação e prazer. Isso vai fortalecer o vínculo e ainda dar conforto. Filho que não tem rotina sofre mais.

DIVERTIR-SE E BRINCAR COMO CRIANÇA 
Entre na brincadeira como se tivesse a mesma idade que seu filho. Permita ficar com ele por inteiro, sem televisão nem celular. Jogue bola ou um jogo de tabuleiro... Separe uma hora do seu dia para isso. No entanto, Katree faz um alerta: “Mas os pais têm que ter o tempo deles para descansar. Nessa hora, a criança pode ficar um período brincando sozinha. Ela deve entender que faz parte da família e precisa contribuir de alguma maneira”. 

ALIMENTAR UM BICHINHO 
É importante também ter algo para a criança fazer que exercite sua responsabilidade, como cuidar de um animal de estimação ou de uma horta na varanda ou quintal. Algumas tarefas amorosas podem ser concomitantes às tarefas de educação, trazendo responsabilidade. As crianças se divertem com qualquer tipo de serviço, desde que seja de maneira lúdica.

RESPONSABILIDADES 
Cuidar do seu espaço também é importante. Ensine a criança a arrumar o quarto e fale sobre a importância de suas ações. Peça a ela que ajude em algo na cozinha, no jardim... Os pequenos devem sentir-se pertencentes ao lar, e essa é uma boa maneira de fazer isso. Sem falar que eles encaram as tarefas como uma brincadeira. Então, qualquer atividade que envolva o filho e o faça se divertir e ter responsabilidade é saudável. Consequentemente, estreita-se o laço entre pais e filhos.

MELHORA NO RENDIMENTO ESCOLAR 
De acordo com alguns estudos, a atividade física traz muitos benefícios para as crianças. “A prática de Krav Magá libera uma substância química chamada fator neurotrófico, que estimula o crescimento de neurônios nas regiões responsáveis pela memória, aprendizado, linguagem e lógica.

APROXIMAÇÃO AFETIVA 
Segundo Zalmon, praticar exercício físico ao lado dos pais é importante para uma aproximação afetiva e ainda proporcionar prazer. “Quando a prática do Krav Magá é uma prática normal e cotidiana na vida do pai, isso também se torna normal para os filhos, e eles crescem com essa crença de que fazem parte da vida cotidiana.”

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
A luta ajuda a criançada a desenvolver habilidades na leitura das emoções dos outros, bem como a gerenciar suas próprias emoções. “Isso prepara os filhos para navegar com sucesso pelo mundo emocional das pessoas, como, por exemplo, identificar o humor dos outros e saber como serem assertivos. Além disso, as crianças aprendem a recuperar o autocontrole, o que os torna mais confiantes”, afirma.

MOMENTOS DE ALEGRIA 
Estamos conectados para interagir, de modo que o corpo e a mente fiquem felizes quando isso acontece. Pesquisas em neurociência afirmam que, assim, os circuitos lúdicos no cérebro são ativados, nos fazendo sentir alegria. “A prática do Krav Magá pode se tornar uma brincadeira divertida para ensinar autocontrole, empatia, confiança e defesa pessoal, além de demonstrar a importância da cooperação, e que vencer não é tudo.”

OUTRAS ATIVIDADES QUE CRIAM VÍNCULOS FAMILIARES 
Para o presidente da Federação Internacional de Krav Magá, Avigdor Zalmon, a prática da modalidade, assim como todo esporte, ajuda bastante. 

“As aulas entre pais e filhos desenvolvem confiança mútua, habilidades motoras, amor, carinho, união e respeito. Incentiva momentos de proximidade e cumplicidade.” 

Segundo o educador, qualquer pessoa pode praticar o esporte (atenção: para as crianças, recomenda-se a partir dos 7 anos). Por meio dos treinos, o aluno aprende a se defender, a superar o medo da violência e do bullying, além de recuperar a autoestima e a confiança. E ainda se pode desenvolver muito mais com o esporte.