As tendências de moda podem nascer em diferentes lugares - e tendem a pesar no bolso. Fique atento!
Será que alguém pode determinar se uma bolsa, ou qualquer outro item de vestuário, deve ou não ser usado? Ou isso irá depender apenas do estilo de cada um? A verdade é que, muitas vezes, somos influenciados pelas redes sociais e por aqueles que produzem conteúdo sobre as atuais tendências de moda.
O assunto veio à tona algumas semanas atrás quando duas influenciadoras expressaram, no TikTok, o que elas consideravam brega. No vídeo, ambas listaram bolsas de grife, tênis da Nike e, até, as polêmicas botas vermelhas do personagem ‘Astro Boy’. Segundo elas, todos deveriam parar de usar os itens em 2024.
Além das roupas e acessórios, as duas também criticaram quem mantém o cabelo e as unhas longas. Apesar de trabalharem com moda, as influencers foram duramente criticadas e, sem intenção, geraram um debate nas redes sociais: por que aquilo que está na moda rapidamente muda quando se torna popular? Para isso, é necessário entender o que são tendências da moda.
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As tendências são movimentos singulares que têm o poder de prever o consumo de determinado produto. Ou seja, aquilo que está ‘na moda’ ou estará em breve, de acordo com comportamentos sociais. Mas, afinal, como elas surgem?
Patricia Schneid, gerente de estilo da Dafiti, explica à AnaMaria Digital que as tendências podem nascer de diferentes lugares. As passarelas das Semanas de Moda ao redor do mundo, celebridades, e movimentos artísticos e culturais são alguns exemplos.
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No entanto, já se foi o tempo em que as top models, por mais populares que ainda sejam, como Naomi Campbell, Cindy Crawford e Kate Moss, ditam o que deve ou não ser usado no dia a dia. As revistas e campanhas de moda deixaram de ser o local onde as tendências de moda se propagam para dar espaço a outro ainda mais influente: o meio digital.
“Hoje, uma tendência de moda já não está tanto no controle das marcas e revistas, mas muito mais com os influenciadores e celebridades. São eles que estão conectados diretamente com o público que os segue e consome o seu conteúdo”, comenta Schneid.
A gerente conta que, na internet, o público busca se manter atualizado das ‘trends’ e como aproveitá-las ainda em tempo. As redes sociais também permitem que mais pessoas falem sobre um mesmo assunto simultaneamente, o que interfere no trabalho de comunicar uma tendência, através de curtidas e comentários.
Por isso, o papel dessas novas personalidades é tão importante no mercado de moda hoje. “Nesse espaço virtual, encontramos celebridades, influenciadores de moda e ícones fashionistas, que consolidam a sua personalidade junto ao seu estilo e caminham lado a lado na época em que se vive”, diz ela.
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Apesar das redes desempenharem uma função tão importante em divulgar tendências de moda para mais pessoas, a especialista Patricia Schneid traz outro termo para entender o assunto: o ciclo de vida.
Com a chegada da internet, “vivemos em um ‘novo mundo’: rápido, instantâneo, efêmero, e aprendemos a conviver com uma ampla variedade de assuntos. As tendências, então, deixam de ser relevantes, pois uma outra surge na sequência.”
Ela esclarece que ainda há tendências que levam um tempo maior para se concretizarem. Da mesma forma, o ciclo de vida delas será mais longo. No entanto, a maioria surge com muita rapidez e, com a mesma velocidade, roupas alinhadas ao que antes estava na moda passam a ser cafonas, como pontuaram as duas influenciadoras do início.
Além da volatilidade da internet, há outro fator que implica na popularidade (ou falta dela) de algum item de vestuário. Quando uma tendência é difundida e passa a ser comentada a ponto de se tornar comum para mais de um grupo seleto de pessoas, há um movimento muito comum: a saturação.
“A moda está em constante transformação. Olhando para o ciclo de vida de uma tendência, ela começa pequena e passa a ser consumida por um pequeno grupo de pessoas, os early adopters”, conclui Patricia.
Como a internet tem acelerado muito o processo de tornar comum uma informação, o processo de saturação das tendências tem se tornado cada vez mais rápido. Assim, aqueles que desejam ou sentem a necessidade de estar na moda precisam, de forma constante, atualizar o guarda-roupa, o que acaba não se tornando uma troca vantajosa ao consumidor.
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