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Ajude os pequenos a comer melhor! Confira 6 dicas pra hora de alimentar a criançada

Especialista ensina a evitar 'chiliques' na hora das refeições dos pequenos

Karla Precioso Publicado em 28/03/2021, às 08h00

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Veja como você pode ajudar a melhorar a alimentação da criançada - Divulgação
Veja como você pode ajudar a melhorar a alimentação da criançada - Divulgação

É muito comum, na fase do desenvolvimento nutricional e da introdução alimentar, que as crianças tenham dificuldade e até mesmo receio para experimentar novos gostos, sabores e texturas.

O medo de provar novas comidas é conhecido como neofobia alimentar, que deve ser identificada e tratada rapidamente, para evitar carências nutricionais. No entanto, nessa fase, os famosos ‘chiliques’ na hora das refeições podem ocorrer caso determinado alimento ou grupos de alimentos sejam servidos. 

Segundo a pesquisadora e professora da Faculdade de Saúde Pública da USP e parceira do Comitê Umami, Sonia Tucunduva Philippi, é natural que essas rejeições ocorram, uma vez que a criança é seletiva e o paladar está sendo desenvolvido. 

“Deve-se insistir na oferta e programar o alimento recusado em uma nova oportunidade, sem desistir. Lembre-se de que existem preferências e aversões pelas comidas e que ambas situações devem ser tratadas com paciência, considerando os momentos e oscilações do apetite”, enfatiza. 

Pensando em ajudar nesse processo, a professora lista alguns passos essenciais para auxiliar e facilitar o período de adaptação alimentar, garantindo o equilíbrio nutricional.

1. Brinque com a apresentação do prato

A alimentação apropriada na infância requer cuidados relacionados aos aspectos sensoriais, principalmente a apresentação visual, como cores, formatos atrativos e forma de preparo das receitas. 

“É fundamental que a composição no prato tenha a presença de verduras, legumes e frutas, respeitando os queridinhos da criança. Vale até investir em formatos criativos. Por exemplo, pegue um ovo cozido e corte ao meio, coloque dois olhinhos de semente de chia e um bico de damasco. Pronto, temos um pintinho”, ensina.

2. Tenha hábitos semelhantes

O adulto responsável se torna automaticamente a referência comportamental da criança, que passa a ser um reflexo do que se come em casa. 

“Esses hábitos são construídos na infância e a família deve estabelecer regras de convívio, impondo limites de quantidade de refeições, mas sem medidas autoritárias, proibições e castigos. Em uma certa idade, eles começarão a construir sua identidade alimentar, dando espaço para seus prediletos, e os pais e cuidadores precisam trabalhar positivamente nas possíveis neofobias e na construção de um padrão saudável”, complementa.

3. Fique atento às reações

É importante ficar atento às atitudes que a criança tem demonstrado ao receber cada alimento. 

“São momentos de desenvolvimento em que as reações devem ser observadas, desde o preparo da refeição, a autonomia ao comer, os utensílios utilizados e o tipo de comida”, alerta a especialista.

4. Inclua ingredientes saborosos

As células sensoriais da boca enviam sinais ao cérebro, que são responsáveis por registrar diferentes gostos, como doce, salgado, azedo, amargo e umami. Existem crianças que apresentam um paladar muito apurado e seletivo. 

“Tem aquelas que gostam de gostos combinados, como o doce e o salgado, por isso, conhecer os outros gostos, como o umami, que realça o sabor dos alimentos, é uma ótima forma de estimular o paladar”, ressalta. 

Harmonizar os alimentos certos pode ser uma excelente estratégia para tornar o prato mais atraente. Faça um teste: ofereça uma alface crespa, acrescente opções umami (tomate-cereja, milho cozido, cogumelo ou queijo parmesão ralado). Além de colorido, o prato fica muito mais saboroso.

5. Convide para colocar a mão na massa

Envolver os pequenos na elaboração das receitas, pode fazer com que elas criem mais gosto pela comida.

“Quando as crianças participam do processo de preparação em família, têm melhores chances de ter uma alimentação saudável e sentir-se motivadas a comer o que elas mesmas escolheram, compraram e prepararam. Elas tornam-se capazes de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo, desenvolver maior raciocínio de causa e efeito, de classificar, reclassificar, generalizar e adotar como hábito alimentar", afirma.

6. E se a criança continuar apresentando falta de apetite?

A falta de apetite não deve ser constante se forem excluídas as possibilidades de morbidades associadas. 

Por isso, o acompanhamento com o pediatra e com o nutricionista precisa ser regular para o monitoramento do crescimento e desenvolvimento.